O marketing é algo que provavelmente já existe desde antes de nossos antepassados descerem da árvore, puxando a sardinha para os próprios produtos na hora de trocar por qualquer coisa que eles precisavam naquela época, veja que nem tudo aquilo que existe desde tempos remotos é uma coisa boa, afinal de contas o câncer também existe faz tempo e eu não conheço uma pessoa que goste dele.
Existem campanhas belíssimas de marketing para causas nobres como doação de alimentos, adoção de animais, tem aquelas estranhas como os comerciais de perfume e até as engraçadas, como as propagandas do governo e de política em geral. E aí tem as porras das campanhas de água.
Cara, eu entendo que se é um produto esse produto deverá ser vendido com a máxima eficiência e lucro, mas puta que pariu, tentar empurrar um produto que literalmente você usa pra escoar merda da sua privada é pedir demais.
Você não tem nenhuma vantagem real sobre qualquer outra marca de água existente na face do planeta, água é água, não tem gosto, não tem cor e não tem cheiro. Me apresente um filho da puta que vai conseguir distinguir o gosto da água Lindóia e a Minalba e eu te apresento um retardado pretensioso.
“Ah, mas a nossa água é feita com o orvalho da manhã que escorre do bigode da ariranha do mato durante o eclipse…”, meu amigo, foda-se, essa porra ainda é água, você não pode nem dizer que tem um gosto melhor porque água não pode ter gosto, mas também, se eu fosse um imbecil que compra esse tipo de água cara, lógico que eu ia falar que o gosto dela é melhor.
Mesmo coisa a campanha da Bonafont: “Eu escolhi Bonafont porque desce mais leve”. Porra, mais leve do que o que? Óleo de motor? Claro que sim, isso é água!
A única campanha de marketing aceitável para água devia ser uma pessoa olhando para a câmera e dizendo: “Já que tudo é a mesma merda, compre a minha água…é a mais barata.”